Acredito que para a maioria dos São Paulinos, o sábado foi um dia para apagar da história do clube.
Não digo pela derrota em si. Afinal, o Bahia foi um time aguerrido que apesar da torcida ter tido a sensação de que o jogo estava acabado, lutaram e mostraram que o dendê que corre nas veias dos baianos faz a diferença na hora da decisão.
E foi exatamente esse espírito que faltou e há muito tempo faz falta nesse time São Paulino. Às vezes eu arrisco dizer que esse não é aquele São Paulo que o Pedro Rocha um dia ensinou a ser respeitado, onde Raí e Telê Santana apresentaram ao mundo e Rogério Ceni consolidou no mundo.
Falando abertamente, muitos jogadores que estão na equipe passam a impressão de ter uma falta de vontade de vencer (coisa que reluto em acreditar que possa existir), alias, pode até ser que a falta de capacidade fale mais alto, porém, existem equipes que não possuem um elenco com uma profundidade tão grande quando o São Paulino, mas a entrega em campo é maior.
Acho até que é a vontade de vencer ou a necessidade de aparecer para o cenário nacional é que faz os jogadores terem aquele sentimento de “quero mais” ou o sentimento de “ainda sou bom, vou provar pra todo mundo”.
É incrível como alguns não conseguem utilizar a estrutura que um clube como o São Paulo Futebol Clube oferece.
Por fim, para não dizer que estou culpando os jogadores, que fique claro a indignação com o nosso excelentíssimo presidente Juvenal Juvêncio que deixou o Baco imbicar para demonstrar a preocupação quanto o estado técnico e moral do time.
Isso vale também para tantos outros clubes como, por exemplo: Cruzeiro e Palmeiras.
O ano de 2011 terminou para o São Paulo e agora é o momento de entender o que poderá ser útil para o ano seguinte, limpar o que não dará força para futuras conquistas e aprender que, no futebol, é preciso se fazer presente e não adianta largar o futebol na mão de um ou dois.
Uma última observação: Parabéns à equipe do Bahia pela virada épica e que isso seja o combustivel que faltava para se manterem na série A. Um campeonato brasileiro sem um time do nordeste não faz sentido.